quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu já quis ser invisível



O que Reinaldo Gianecchini, Peter Frampton, Chico Buarque, Fernando Veríssimo, Tom Hanks, Julia Roberts, Janis Joplin e Jimmy Hendrix têm em comum? Além de serem tímidos, não sei se existe algum outro ponto coincidente.

Podemos falar qualquer coisa sobre a timidez, mas nunca podemos dizer que ela não é democrática: famosos ou anônimos, qualquer um pode interagir com o mundo utilizando esse padrão de comportamento.

Se você é humano, certamente já teve alguma aspiração impossível: já deve ter tido vontade de voar; ou de ler pensamentos; ou de atravessar paredes; ou de prever o futuro; ou de ser invisível... Se existe uma classe de humanos que consegue se tornar invisível, essa, certamente, é a dos tímidos. A habilidade que desenvolvem para não serem vistos faz inveja a Kevin Bacon no filme “O homem sem sombra”.

Quem não conhece alguém a quem possa chamar de tímido? Quando a timidez se torna um problema? O tímido tem motivo para se sentir em desvantagem em relação ao não-tímido? Qual é o antônimo de timidez? Já parou para pensar que qualquer característica que se contraponha à timidez pode ser o seu anverso, pode ser apenas o outro lado da moeda?

Timidez não deve ser confundida com aqueles momentos de vergonha pelos quais todos, em menor ou maior grau, passamos diante de algum estímulo específico. Já ouviram a máxima de que todo tímido sente vergonha, mas nem todo aquele que sente vergonha é tímido? Pois então, não é porque a defesa de uma tese provoca dor na boca do estômago de alguém que esse alguém seja tímido.

O tema me instigou nos últimos dias porque me vi diante de uma jovem extremamente tímida. Meu contato foi pequeno, limitado e, provavelmente, não haverá outra oportunidade de interação entre nós. Mas a impressão que tive é que aquela moça sofria por ser assim. Quando a timidez limita, impede, priva, cerceia, pode ser um problema (dos grandes) e como tal, deve ser tratado — quanto mais cedo, melhor.

É melhor ser tímido ou não-tímido? Provavelmente, nem uma coisa, nem outra. A melhor opção é aprender a conviver, da melhor maneira possível, com nossa individualidade. Como falei em um post anterior, esse espaço não tem a pretensão de fazer estudos profundos sobre qualquer assunto ou sugerir tratamentos, antes, pretende receber impressões de todos aqueles que por aqui quiserem jogar algum ingrediente nessa grande sopa.

Este post foi inspirado no blog: http://timideztofora.blogspot.com/, do nosso mais novo amigo Aurélio. Por lá você vai encontrar pessoas que realmente entendem do tema. Não deixe de visitá-lo!

Até a próxima!

Jane Castelo Branco


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Um comentário:

  1. No que ser tímido tem de auto-proteção, acho bom demais. Não sou tímida, muito ao contrário. E os extrovertidos tendem a ser profundamente auto-confiantes, o que os faz mais perto do erro. Embora do acerto também. Não há medida para as vantagens ou desvantagens de ser tímido, a não ser aquela que mede o momento em que a característica vira patologia e impede o viver em toda sua expressão. Acho que é por aí, querida amiga Jane.

    beijos mil e sempre

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