quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Um ano de gratidão



Conheci tanta gente nos últimos meses... Gente que, sem perceber, fez renovar em mim o sentido de minha própria existência e missão. Em agradecimento quero dedicar este espaço a eles pelos generosos, variados e enriquecedores ingredientes que me foram lançados.

Amanda, Diogo e Lídia. Uma doce família. Conversar poucos minutos com cada um deles nos faz acreditar em um mundo melhor.


Ana Flavia e Flavia. Tão iguais e tão diferentes. É muito bom ver o amor que existe entre elas.

Ana Karoline e Fábio. Uma família diferente, mas igual a todas as outras. Um dos poucos pais com os quais convivi (fico mais perto das mães). Karol anda de skate!!! —Não sei por que não esqueço isso.

Caio e Gisele. Caio é o bonitão. Já ouvi vários elogios a ele, que sua namorada não leia; é um amor de rapaz. Todo mundo merece uma mãe como Gisele, se preocupa com os mínimos detalhes.

Eduarda, minha doce menina, foi uma pena convivermos por tão pouco tempo. Você é uma das pessoas que me fez repensar caminhos.

Eduardo e Elizabeth. Pessoas que apareceram na minha vida recentemente, mas parece que nos conhecemos há tempos. Eduardo é vivaz, simpático, interessado e inteligente. Elizabeth, como toda boa mãe, chora de preocupação. Vai dar tudo certo!

Érica e Ewellyn. Essas duas, se eu pudesse, levaria para casa. Adorei cada dia que passamos juntas. Eu quero, de todo coração, que todos os sonhos de vocês se realizem (e vão).

Erlita e Lurdes. Erlita, mais conhecida como Aretusa (não sei de onde Leandro tirou este nome) é divertidíssima. Passaria horas conversando com ela. A vida foi dura com você, mas o mundo é todo seu. Creia!

Gisele. Linda moça que passou como um vento bom. Muita sorte na sua vida!!

Iva. Nome pequeno que não combina com a força que ela carrega. O sorriso dela é doce e ao mesmo tempo forte. Muitos concursos em 2011!!!!

Jean e Monica. Jean é um rapaz quieto e muito bonito (vai dar trabalho por aí). Todos os professores o definem como o inteligente descolado. Mônica trabalha e dá conta, além do Jeam, de outro pequeno que passou por aqui. É dureza...

Jéssica e Elisabeth
. Jéssica passou com conceito A na Uerj. Sabe tudo de matemática e química. Não tenho dúvida que o caminho dela será brilhante. Sorte e muito sucesso para vocês!

João Gabriel e Wanda. Só alguém muito concentrado e dedicado estudaria nas férias, foi o que ele fez. Wanda foi escolhida para ser mãe do João Gabriel e tenho que dizer que foi a melhor escolha que Deus fez.

José
e Sidnei, a dupla. José é o garoto mais fofo que conheci nos últimos tempos. Sidnei é outro pai com quem tive o privilégio de conviver. Voltem no próximo ano, vocês são muito queridos por aqui.

Larissa e Adriana. Tenho que dizer o quanto Larissa é linda — e não falo só daquilo o que pode ser visto. Em pouco tempo de conversa você percebe quão responsável ela é. Ela diz que a mãe tem que mandar parar de estudar. Sorte para você no último ano!

Lorena e Arlete. Lorena tem uma linda voz. Eu quero dizer que espero, de verdade, que você alcance seu maior objetivo.

Lucas e Rosana. Lucas é outro bonitão de quem ouço elogios aos lotes. Rosana tem aquilo o que é difícil colocar em prática (especialmente para uma mãe que ama): a crença de que o filho pode caminhar sozinho. Rumo ao 3º ano!!

Lucas e Marcos. Lucas esteve com a gente em uma tarde de sábado. Uma palavra para defini-lo? Incansável!

Luiz Vitor e Joseane. Inesquecíveis. Por quê? Porque foram os primeiros. Luiz Vitor é um doce de menino.

Mariana e Sueli. Eu nem preciso dizer o quanto são especiais para mim — Mariana foi inspiração para um post. Mari, você sabe a saudade que vou sentir de você e de sua mãe. Mas que bom que a vida é assim. Vamos que vamos! A Universidade te espera.

Mariana e Márcia. Mariana é linda, eu sei que ela vai conquistar coisas maravilhosas. Márcia, parabéns por ser essa mãe que fica de perto — ser mãe é também estudar junto.

Mariane e Antonia. Gostei da Mariane desde o primeiro dia em que a vi. Ela tem sempre um sorriso no rosto. É compreensiva e muitíssimo dedicada. Vai ser a melhor estudante de Letras dos últimos tempos.

Marianna, Flavia e João (e tem o pequeno Miguel). A impressão que tenho é que não vou esquecer Marianna; não só pela beleza e graça que uma menina de 9 anos carrega, mas por toda inteligência e determinação concentrada naquela pequena. Flavia e João, parabéns pelos lindos filhos.

Pietra e Telma. Pietra vai ser famosa. Ela é a combinação perfeita de beleza e inteligência. Falante e alegre, ela sabe perfeitamente o que quer da vida. Telma está sempre por perto. Gosto de ver a sintonia que existe entre elas.

Rafaela e Gilson. Foi muito bom conhecer vocês. Eu me rendo a todo gesto gentil. Esta é uma família extremamente cortês, que vale a pena conhecer.

Sâmara eu conheci esta semana. Desejo toda sorte para você!

Thaissa e seu “vô”. Thaissa é meiga e doce. O “vô” é ótimo, vem trazer todo dia e buscar (sempre na hora certa). Que tudo dê certo para você!

Thamires. Essa sabe o que quer, resolve a própria vida como se tivesse 30 anos (e ela é uma menina!!). Não tenho a menor dúvida que vai conseguir tudo o que deseja. Biologia, aí vai ela!!

Thauan e Creuza. Thauan é um menino mais que especial. Inteligente, atravessando aquele período em que as dores de cabeça da mãe aumentam consideravelmente. Preciso dizer, Creuza parece minha própria mãe. Ela sofre, como toda boa mãe, mas sofre pelo motivo certo (se é que isso existe). Foi especialmente bom conhecer vocês.

Thaysa e Rosana. Gente, eu nunca vi uma menina de 14 anos como ela. Lindíssima!! Voltem mais vezes. Foi muito bom conhecer vocês!

Precisava aproveitar estes primeiros meses deste primeiro ano para falar de vocês. No final do próximo ano não haverá espaço para falar de tanta gente que se somará a nós — Sandra na Tijuca que o diga... O que desejo? Que todos sejamos muito felizes, que cresçamos juntos! Queridos professores, vocês serão o tema do próximo post. Aguardem!

Meu agradecimento especial a Sandra e Verônica, sem as quais, nada disso seria possível.

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Perder-se




Uma amiga querida me emprestou um livro: O vendedor de sonhos. Confesso minhas restrições ao tipo de literatura, mas fui capturada por uma frase específica: “Como se achar sem nunca se perder?”. Especialmente nesta época do ano tendemos às reflexões, às análises filosóficas da existência. Reinventamos fórmulas para atingir velhos objetivos, na mesma medida que projetamos novos sonhos.

Você já deve ter andado por muitas estradas; já deve ter visto gente de todo tipo e tamanho; já deve ter subido montanhas e descido vales profundos. Fato é que, por mais conhecidos que sejam os caminhos, por mais informações que recebamos antes de percorrê-los, eles sempre se revelam de forma única para cada passante.

Tenho certeza que todos nos perdemos em algum ponto da longa estrada, marcada não por km, mas por anos. Analisando este meu quilômetro (ano), posso dizer que me vi diante de uma grande encruzilhada logo nos primeiros metros (meses). Eu conseguia ver o horizonte, mas não tinha a menor ideia do que o oeste me reservava. Segui a oeste. Foi inevitável me perder por diversas vezes e me encontrar em outras tantas.

Voltando à frase que inspirou o post, fiquei analisando a importância do “perder-se”. O perder não é um ato voluntário do tipo “Ah! Eu vou perder agora esta caneta para encontrá-la depois”. Não, definitivamente não. O perder está na conta do acaso, do inevitável, da distração, ou até mesmo do risco que estamos dispostos a correr em cada escolha que fazemos.

Então, se está para além de mim e distante da livre volição, logo, não é o perder-se que importa, mas a capacidade de reencontrar-se. Somos o erro e o acerto, somos o bem e o mal. Vez por outra discordamos de nós e nos separamos; mas sentimos nossa falta e nos procuramos novamente; e nos achamos; e... que grata surpresa... já não somos mais aquele que se perdeu.


Nós não conheceremos quem somos se não permitirmos que nosso eu caminhe sozinho, e se perca, e se ache novamente.

Estamos a um mês do fim do ano letivo. É inevitável que nos façamos uma pergunta elementar: eu me perdi? Se me perdi, me achei? Se me perdi e não me achei, estou me procurando? Se me perdi, não me achei e não estou me procurando, por que não quero me achar? Não sei você, mas no meu caso, quando me perco, me acho quando consigo ouvir o eco de minha própria voz.

Quero deixar mais uma frase do livro. Espero que te inspire, como inspirou a mim: “Sou um caminhante que perdeu o medo de se perder. Sou um caminhante à procura de mim mesmo.”

Até a próxima!!

Jane Castelo Branco

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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Esse ou este?



Calma meninas!!! Foi só para chamar sua atenção... Mas, você sabe empregar corretamente estes (ou seriam esses?!) pronomes? Leia atentamente e responda ao final. Boa leitura!!

Baseado em: http://www.ebah.com.br/diferenca-esse-x-este-pdf-a9875.html e Revista Nova Escola; Out/2010; Editora Abril

Em uma redação dissertativa, “esse” é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados; “este”, por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada. Ex.: O pequeno poder pode servir como um mecanismo de compensação. Esses mecanismos são a válvula de escape para um enorme complexo de inferioridade. No âmbito do poder, estes fatos devem ser considerados: o sujeito se sente inferior e essa inferioridade o incomoda, o que o leva a abusar até mesmo da menor autoridade quando lhe delegam um poder mínimo, como aplicar uma multa no trânsito, por exemplo.

Em uma carta, esse(a) aponta para quem estamos escrevendo este(a) indica quem está escrevendo. Ex.: Vimos por meio desta [carta] solicitar uma definição da compra o mais breve possível, uma vez que até o momento não obtivemos uma posição dessa empresa. Não considere o pedido de urgência uma pressão, pois a intenção desta empresa é sempre atender da melhor forma possível.

Observe:
Este dia = hoje
O neném nasceu bem. Este é o dia mais feliz da minha vida (o neném nasceu hoje).
Parabéns pra você nesta data querida (= hoje)
Esse dia = o dia do qual estamos falando

O neném nasceu bem. Esse foi o dia mais feliz da minha vida (o neném NÃO nasceu hoje = nasceu NESSA data).
No dia 25 estaremos comemorando o aniversário da empresa. Nessa data, faremos uma festa (= naquele dia).

“Esse” também pode indicar proximidade do falante, enquanto “este” nos dá uma ideia de proximidade do ouvinte. Vejamos as frases:
a) “Este sapato me pertence”.
b) “Quando você comprou esse sapato que está usando?
Na primeira frase, o sapato é de quem fala e, portanto, está mais próximo dele.
Na segunda frase, o sapato é do ouvinte.

Atenção: aquele/aquela está longe tanto de quem fala quanto daquele com quem se fala.

Os dois termos são classificados pela gramática como pronomes demonstrativos e são usados quando o falante quer esclarecer a identidade de um referente (nome), retomar conteúdos e localizá-los no tempo e no espaço. Entre essas funções, a mais importante é a de retomar ideias já mencionadas e ajudar na articulação do texto. A regra é basicamente a mesma para “deste” e “desse”, “isto” e “isso” e “disto” e “disso”.

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mãos dadas ou queda de braço?



Quando você pensa em Servidor Público, o que te vem à mente? Críticas? Elogios? Nada? Você certamente conhece alguém que o seja e/ou já precisou de algum. Geralmente somos condescendentes com os que nos são próximos e não poupamos críticas à grande massa.

Convivemos com bons servidores, com servidores medianos e com aqueles que não deveriam sequer ser assim chamados. No dia 28 de outubro comemora-se o dia do Funcionário Público, a data foi instituída no governo de Vargas em 1937.

Gostaríamos de ter mais coisas que comemorar — servidores ou não. Mas o que sinto é um cansaço generalizado, tanto por parte daqueles que pretensamente deveriam servir, quanto daqueles que recebem o serviço. Talvez o dia 28 fosse mais bem reconhecido como "O dia do cansaço".

Brincadeiras à parte, no dia de hoje, quero sim render homenagens àqueles que honram o título que receberam. Àqueles que não terão melhor paga por seus trabalhos porque somaram às suas atividades cotidianas ingredientes como: cortesia, boa vontade, amor e solidariedade. A vocês, meu melhor obrigado.

"Amo o público, mas não o admiro. Como indivíduos, sim. Mas, como multidão, não passa de um monstro sem cabeça."
Charles Chaplin

Jane Castelo Branco

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sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Verdades da profissão de Professor

"Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados.

Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos.

Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem 'águias' e não apenas 'galinhas'. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda".


Paulo Freire

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Minha doce curitibana

Conheço uma menina que me faz sentir saudade do tempo em que fui adolescente. Uma igual a muitas — gosta de ir ao shopping, ao cinema, à praia, de ouvir música e ler — mas diferente de todas, pelo menos para mim, simplesmente porque se deu a conhecer.

Mariana é minha companheira. Gosto do sorriso dela porque nele eu vejo que o amanhã pertence a ela.

Aos 18 anos está vivendo aqueles dias que antecedem o fim do Ensino Médio. Aqui cabe tudo: provas finais, vestibular, incertezas (e muitas certezas), velhos amigos, novos amigos, amores, amizades, vontade de fazer tudo dar certo ontem — e isso cansa... Ás vezes eu olho para ela e vejo que os olhos quase não abrem porque tem muita coisa de que precisa dar conta.

Quando pergunto do que ela mais gosta, a resposta é direta: “Sair com os amigos e cozinhar. É sempre muito bom ‘esfriar’ a cabeça, deixar as preocupações um pouco de lado e curtir a vida, seja com a família, com o namorado ou com os amigos. Sair me faz muito bem, qualquer lugar sempre está bom. E, além disso, adoro cozinhar — e olha que sou boa na cozinha, rsrs.” E se pergunto do que não gosta, a resposta não é menos direta: “Arrumar a casa. Também quem gosta de fazer isso né? Com tantas outras coisas legais, interessantes e divertidas com o que se preocupar...”

Ela tem uma melhor amiga e não esconde de ninguém: Camila. Eu aprendi a gostar da Camila. É daquelas amigas que vão tirar satisfação com aquela pessoa que te maltratou; que tentam encurtar os caminhos; que vão fazer de tudo para que você sorria, mesmo quando não tiver motivo algum. Leia Camila por Mariana: “Nos conhecemos há 14 anos. É uma amizade imbatível, indestrutível e que, se depender de mim, durará por toda a vida, uma amiga pra todas as horas, muito especial.”.

Eu conheço a mamãe da Mariana. É uma mulher admirável, tem aquela mistura de mãe-determinada-forte-divertida-íntegra... vale a pena conhecê-la. Mariana não poupa elogios à família: “... são todos muito especiais, amo muito. Sempre nos encontramos, seja em uma festa, almoço, ou numa simples visita. Somos muito unidos, amo a todos sem exceção.”. A Mia mora com ela há três anos, uma yorkshire pequenina e colorida, é a razão de muitas alegrias.

Nossos papos filosóficos geralmente giram em torno dos garotos. Olhe o que ela diz: “É uma época difícil, pois nós meninas dessa faixa etária temos uma cabeça mais avançada, então, consideramos os meninos da nossa idade um pouco novos demais. Mas, é claro, tem cada um melhor que o outro e aproveito a vida. Apaixonada, por quem, poucos sabem.” — Ah! Eu faço parte dos poucos...

Pedi que ela falasse um pouco sobre como está sendo viver os últimos dias do ensino médio, sobre como está se preparando para o vestibular e sobre como imagina que será a faculdade. Aqui vai: “O final do ensino médio tem sido corrido, puxado, temido. Está me deixando de cabeça quente! Mas, tudo tem um preço, principalmente quando se deseja passar para uma boa universidade federal. Estou gostando, apesar de tudo. Estou me preparando para o vestibular fazendo as provas antigas de outros vestibulares, além de estudar em um curso, em casa e na escola, claro. Presto muita atenção em tudo e fico de olho nos jornais buscando notícias atuais que podem vir a surgir nas provas de vestibular. Não deixo de me divertir nos fins de semana. Acho que a faculdade será mais fácil, com menos rigor nos horários. Acredito que terei mais disponibilidade, menos pressão por parte dos professores e encontrarei novos amigos.”.

Bate-bola:
Para o que vai prestar vestibular: Engenharia de Produção — UFRJ, UFF, PUC
Matéria que mais gosta: matemática
Matéria que menos gosta: história (traumatizada)
Livro: O Vendedor de Sonhos (Augusto Cury)
Música: Encontro das Águas (Jorge Vercilo e Jorge Aragão) e A Idade do Céu (Paulinho Moska)

Autor: Stephenie Meyer
Comida: strogonoff
Lugar: nenhum específico, apenas longe de casa.
Frase: “Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje!!”

Finalizando, perguntei o que ela pensava sobre “deixar” os amigos de hoje e “conquistar” novos amigos amanhã. A resposta me surpreendeu: “Isso sempre vai acontecer com qualquer um, seja hoje na escola, seja amanhã no trabalho: é inevitável. Porém, não é por isso que vou perder contato com os antigos amigos, apenas vou criar novas amizades.”. Então Mari, aqui vai meu desafio para você: não deixe de contar sobre sua nova vida. Daqui, sempre torcerei para que tudo dê muito certo para você.

E você, conhece a Mari? Tem alguma coisa que queira dizer para ela?

Até a próxima!!


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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Conselhos para melhorar a sua redação



Texto publicado originalmente em: http://www.mundovestibular.com.br

  1. Pense no que você quer dizer e diga da forma mais simples. Procure ser direto na construção das sentenças.
  2. Corte palavras sempre que possível. Use a voz ativa, evite a passiva.
  3. Evite termos estrangeiros e jargões.
  4. Evite o uso excessivo de advérbios.
  5. Seja cauteloso ao utilizar as conjunções "como", "entretanto", "no entanto" e "porém".
  6. Tente fazer com que os diálogos escritos (em caso de narração) pareçam uma conversa.
  7. Uso do gerúndio empobrece o texto. Exemplo: Entendendo dessa maneira, o problema vai-se pondo numa perspectiva melhor, ficando mais claro...
  8. Adjetivos que não informam são dispensáveis. Por exemplo: luxuosa mansão. Toda mansão é luxuosa.
  9. Evite o uso excessivo do "que". Essa armadilha produz períodos longos. Prefira frases curtas. Exemplo: O fato de que o homem que seja inteligente tenha que entender os erros dos outros e perdoá-los não parece que seja certo.
  10. Evite clichês (lugares comuns) e frases feitas. Exemplos: "subir os degraus da glória", "fazer das tripas coração", "encerrar com chave de ouro", "silêncio mortal", "calorosos aplausos", "mais alta estima".
  11. Verbo "fazer", no sentido de tempo, não é usado no plural. É errado escrever: "Fazem alguns anos que não leio um livro". O certo é "Faz alguns anos que não leio um livro".
  12. Cuidado com redundâncias. É errado escrever, por exemplo: "Há cinco anos atrás". Corte o "há" ou dispense o "atrás". O certo é "Há cinco anos...”.
  13. Só com a leitura intensiva se aprende a usar vírgulas corretamente. As regras sobre o assunto são insuficientes.
  14. Leia os bons autores e faça como eles: trate a vírgula com bons modos.
  15. Nas citações, use aspas, coloque a vírgula e um verbo seguido do nome de quem disse ou escreveu aquilo. Exemplo: "O que é escrito sem esforço é geralmente lido sem prazer.", disse Samuel Johnson.
  16. Leia muito, leia sempre, leia o que lhe pareça agradável.
  17. Escreva diários, cartas, e-mails, crônicas, poesias, redações, qualquer texto. Só escrevendo, se aprende a escrever.

Por: Prof. Hélio Consolaro

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

“Porque é Primavera... trago essa rosa”.



Depois do frio, antes do sol, aqui estamos nós. Essa colorida estação do meio tem cheiro de promessa; tem gosto de alegria. A expressão vem do latim “primo vere”, que significa “começo do verão”, mas eu a espero como se realmente fosse a minha prima Vera vinda de longe, trazendo boas novas depois de um ano longo — aquela prima confidente que nos faz rir; aquela com quem dividimos os sonhos da vida e os planos do verão.

Primavera é flor, pelo menos é o que diz o censo comum. Apesar de eu não ter a menor habilidade para cuidar de qualquer uma delas, a explosão de cores, texturas e formas me fascina. Nosso mundo de pedra não nos permite vê-las por aí tão facilmente; é mais fácil encontrá-las no mercado. Eu, por exemplo, não posso ver aquela florzinha discreta chamada girassol; tenho vontade de levar todas comigo, só para ficar olhando aquele imenso círculo de sementes. E as margaridas?? Parece um exército monocromático estendido sobre o chão esperando nossos olhos.

Primavera é música, é o concerto mais popular da obra Quatro Estações (Le quattro Stagionii) do ruivo barroquista Vivaldi. Na realidade, a obra faz parte de doze concertos denominados “O diálogo entre a harmonia e a criatividade” que tentam expressar musicalmente os fenômenos da natureza. Nos solos individuais dos violinistas, Vivaldi reproduziu o canto dos passarinhos, alegres com a chegada da nova estação. É impossível não ver a vida irrompendo no vibrar das quatro cordas. Experimente ouvi-lo agora. Se não for muito o seu estilo, ouça Tim Maia e sua ode ao amor com a música de mesmo título.

Primavera é amor. Por falar em Tim Maia, dizem que essa é a estação dos amantes. Citando o cidadão Geraldo Vandré: “Quem ama repara na flor que nasce, mas se o amor é ideológico confie na própria História, sua única aliada, renascendo a cada dia com as soluções para os problemas do dia anterior”.
Repare na flor ou confie na própria História, ambas são elementos vivos, passíveis de renovação — e isso é o que vale. Romântico ou cartesiano, se você quer se apaixonar (ou reapaixonar), talvez esse seja o melhor momento. Aproveite!! Mas, cuidado!! Eu nasci em junho e conheço um bocado de gente que também nasceu... Pode ser o efeito Primavera...

E, pra não dizer que não falei (muito) das flores quero finalizar afirmando que: "somos todos iguais, braços dados ou não" porque gostamos de flores, principalmente se acompanhadas de boa música e muito amor, por isso...

...seja mui bem vinda prima Vera!!


Jane Castelo Branco

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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Jogos - Dez Colorido

Texto originalmente publicado em http://www.mathema.com.br

Idade recomendada: A partir de 5 anos
Organização da Classe: Grupos de 5 crianças
Objetivos: Contagem, comparação de quantidades, resolução de problemas.
Material: Canudinhos de plástico de diversas cores (podem ser cortados ao meio, para economizar material) e giz de cera das mesmas cores dos canudos.
Regras: O jogo "DEZ COLORIDO" permite trabalhar a contagem, a comparação de quantidades e a correspondência, além da fixação de cores e da sociabilização.


Desenho dos alunos do Colégio Emilie de Villeneuve.

Os integrantes de cada grupo somarão esforços para vencer o jogo. Cada aluno receberá 10 canudinhos com cores misturadas aleatoriamente. Primeiro, o professor vai incentivar a contagem verbal, pedindo que cada um se certifique de que possui realmente 10 canudos. Feito isso o professor sorteia um giz de cera. Cada aluno vai então contar quantos canudinhos possui daquela mesma cor, devendo o grupo em seguida somar o total de seus canudos com cor idêntica ao do giz sorteado. Ganha o grupo que tiver a maior quantidade de canudinhos daquela cor.

Para ajudar na fixação das cores, pode-se usar no jogo canudinhos e giz com cores próximas, como por exemplo, amarelo e alaranjado. As crianças devem fazer a classificação correta e, se houver dúvida, o professor pode levantar a discussão, nos grupos.

Para trabalhar a sociabilização, o professor pode pedir às crianças que coloquem os canudinhos da cor selecionada no meio da roda, junto com os dos colegas do grupo, trabalhando assim o sentimento de posse que as crianças demonstram fortemente nesta fase.

A etapa seguinte do jogo consiste na retomada, pelas crianças, dos canudinhos que haviam colocado no centro do círculo. Mais uma vez se manifesta o individualismo e o sentimento de posse. As crianças brigam para pegar o maior número possível de canudos e muitas vezes solicitam a intervenção do professor. Deve-se usar a Matemática como mediadora, estimulando-se a contagem até que todos constatem que têm cada um 10 canudinhos. Se um aluno juntar mais de 10, deve-se questioná-lo sobre o que fazer.

O jogo termina dando vez ao grupo que ainda não venceu. O próprio grupo escolhe o giz de cera, dando-lhe a oportunidade de pegar a cor cujos canudinhos possui em maior quantidade. Pode-se na seqüência estimular as crianças a desenharem com o giz de cera que ganharam no jogo. Em caso de escassez de material, o professor pode recolher os gizes e os canudinhos e guardar para uma próxima rodada da brincadeira.


Imagens dos trabalhos dos alunos de 6 anos da escola ALFA de São Paulo.

Jogo extraído de: Professores e alunos da Faculdade de Educação da UnB (Universidade de Brasília), que fazem pesquisas sobre jogos e brincadeiras que podem ser utilizados no aprendizado de Matemática.


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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amanhã, apesar de hoje.



Nada é mais arriscado que viver. A existência humana acontece como risco o tempo todo; acontece como vertigem da queda. Mas, mesmo assim vivemos como se o fim não existisse e traçamos metas, objetivos; tentamos lidar com cada coisa como se elas tivessem valor eterno e absoluto. Particulamente, não acredito que aquilo o que quero vai acontecer simplesmente porque planejei, mas certamente aquilo o que almejo tem mais chance de se tornar realidade se houver planificação.

Planejamento exige disciplina; dele participamos eu e o resto do mundo, muitos "eus pessoais" e tantas outras variáveis estão envolvidos no projeto de uma única pessoa. No entanto, essa é a melhor forma de tornar reto um caminho sinuoso. Antever a sequência dos passos nos permite intervir na rota, porém, não se deixe escravizar porque ninguém e nada tem a obrigação de seguir um script. Das coisas que aprendi — mais na prática que na teoria — é que tão importante quanto planejar é replanejar.

Sejam quais forem suas aspirações pessoais ou profissionais, você sempre precisará traçar objetivos de curto, médio e longo prazo, ainda que minimamente. Certa vez li que podemos considerar como objetivos de longo prazo aqueles que imaginamos atingir em cinco anos ou mais; os de médio, aqueles que pretendemos alcançar em um ano; e os de curto prazo aqueles que se apresentam no imediato. Certamente os de curto estão inseridos nos de médio, que estão inseridos nos de longo; mas não conseguiremos atingir os de longo se os de curto não forem planejados.

O planejamento é a busca da perfeição subjetiva, devendo ser aquilo o que nos impulsiona em direção às respostas desejadas com maior rapidez e eficácia. Assim sendo, é preciso saber aonde se quer chegar, avaliando a exequibilidade do que se pretende, tendo a flexibilidade necessária para replanejar quando imprevistos acontecerem.

Meu desafio hoje é fazer você pensar sobre seus objetivos (de aprendizagem ou quaisquer outros): estão bem definidos? Você tem seguido o caminho correto — ainda que mais longo — ou está sendo tentado a tomar atalhos arriscados? Tem corrigido seu curso quando a vida impõe? Pense nisso!

Até a próxima!!

Jane Castelo Branco


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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nove maneiras de ajudar uma criança a aprender a ler



Texto originalmente publicado no Site de Dicas Uol.

Com hábitos simples, que podem ser aplicados desde cedo em casa ou na escola, você pode resolver um dos maiores problemas entre os jovens: o hábito da leitura.

Nós temos o péssimo hábito de imaginar que apenas com o uso de técnicas complexas, realizadas por pedagogos altamente qualificados ou outros especialistas, teremos resultados práticos na educação infantil. Veja como isso é falso e como nossa preguiça tem um significado importante na formação dos nossos filhos.

A coisa mais simples — e também a mais importante — que podemos fazer para ajudar as crianças a se tornarem adultos bem sucedidos em suas vidas pessoal e profissional, é simplesmente ler alto para elas, começando desde cedo. A habilidade para ler e entender o que está escrito capacita as crianças a serem auto-suficientes, a serem melhores estudantes, mais confiantes, levando-as desse modo às melhores oportunidades na vida profissional e a uma vida mais divertida, tranquila e agradável.

Veja a seguir, as nove pequenas coisas que os pais, avós, professores e outros parentes dispostos a ajudar, podem fazer para ajudar as crianças a aprender e a criar gosto pela leitura.

Leia em voz alta para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provavelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas tudo bem assim mesmo. A ideia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em livros.

Use livros ilustrados sem textos ou com bem poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar a criança coisas que mais tarde vão ajudá-la a aprender a ler. Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem, que existem espaços entre as palavras e que a escrita vai da esquerda para a direita.

Conte histórias. Encoraje a criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer, conforme for contando a história, com os personagens ou coisas da trama. Aponte para as coisas no livro que ela possa associar com o seu dia a dia. "Veja este desenho de macaco. Você lembra do macaco que vimos no Circo?"

Procure por programas de leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais na sua comunidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho e também pessoas voluntárias que, na maioria dos centros comunitários ou outras instituições, estão disponíveis e gostam de fazer isso.

Compre um dicionário infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então comece a desenvolver o hábito de brincar com a criança, provocá-la dizendo frases tais como: "Vamos descobrir o que isto significa?".

Faça com que materiais de escrever estejam sempre disponíveis e à vista de todos, tais como lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas etc.

Procure assistir programas educativos na TV e vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.

Visite com frequência uma biblioteca. Comece fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros. Muitas bibliotecas permitem que crianças tenham seus próprios cartões personalizados com seu nome impresso, caso ela queira, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.

Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.

Fonte: U.S. Department of Education/Helping Your Child Get Ready For School series
Tradução: Ester de Cartago, para o Site de Dicas.


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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Eu já quis ser invisível



O que Reinaldo Gianecchini, Peter Frampton, Chico Buarque, Fernando Veríssimo, Tom Hanks, Julia Roberts, Janis Joplin e Jimmy Hendrix têm em comum? Além de serem tímidos, não sei se existe algum outro ponto coincidente.

Podemos falar qualquer coisa sobre a timidez, mas nunca podemos dizer que ela não é democrática: famosos ou anônimos, qualquer um pode interagir com o mundo utilizando esse padrão de comportamento.

Se você é humano, certamente já teve alguma aspiração impossível: já deve ter tido vontade de voar; ou de ler pensamentos; ou de atravessar paredes; ou de prever o futuro; ou de ser invisível... Se existe uma classe de humanos que consegue se tornar invisível, essa, certamente, é a dos tímidos. A habilidade que desenvolvem para não serem vistos faz inveja a Kevin Bacon no filme “O homem sem sombra”.

Quem não conhece alguém a quem possa chamar de tímido? Quando a timidez se torna um problema? O tímido tem motivo para se sentir em desvantagem em relação ao não-tímido? Qual é o antônimo de timidez? Já parou para pensar que qualquer característica que se contraponha à timidez pode ser o seu anverso, pode ser apenas o outro lado da moeda?

Timidez não deve ser confundida com aqueles momentos de vergonha pelos quais todos, em menor ou maior grau, passamos diante de algum estímulo específico. Já ouviram a máxima de que todo tímido sente vergonha, mas nem todo aquele que sente vergonha é tímido? Pois então, não é porque a defesa de uma tese provoca dor na boca do estômago de alguém que esse alguém seja tímido.

O tema me instigou nos últimos dias porque me vi diante de uma jovem extremamente tímida. Meu contato foi pequeno, limitado e, provavelmente, não haverá outra oportunidade de interação entre nós. Mas a impressão que tive é que aquela moça sofria por ser assim. Quando a timidez limita, impede, priva, cerceia, pode ser um problema (dos grandes) e como tal, deve ser tratado — quanto mais cedo, melhor.

É melhor ser tímido ou não-tímido? Provavelmente, nem uma coisa, nem outra. A melhor opção é aprender a conviver, da melhor maneira possível, com nossa individualidade. Como falei em um post anterior, esse espaço não tem a pretensão de fazer estudos profundos sobre qualquer assunto ou sugerir tratamentos, antes, pretende receber impressões de todos aqueles que por aqui quiserem jogar algum ingrediente nessa grande sopa.

Este post foi inspirado no blog: http://timideztofora.blogspot.com/, do nosso mais novo amigo Aurélio. Por lá você vai encontrar pessoas que realmente entendem do tema. Não deixe de visitá-lo!

Até a próxima!

Jane Castelo Branco


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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Viva a diferença! Uma crônica ilustrada.




Em fevereiro deste ano Charles Darwin faria 201 anos, autor da teoria da evolução das espécies, o grande pensador que ousou romper com a visão bíblica da origem do homem — onde os holofotes estavam dirigidos à dupla dinâmica Adão e Eva —, provou que descendíamos dos macacos.

Adoro essa idéia! É tropical, exótica, moderna e nos faz todos, embora donos de uma mesma origem, deliciosamente diferentes. Sabe quando mais me lembro que somos irmãos dos macacos? Quando escuto, por exemplo, a abominável expressão “festa de gente bonita”. Tenho sempre vontade de perguntar: e qual o critério de beleza? E se alguém “feio” chegar à festa? Vai ser barrado? Gordo pode ser bonito? E negro? E pobre? E se a roupa não seguir os padrões da modernidade? Gente maldosa pode ser bonita? E bonito pode ser desonesto?

Adoro festas arrumadas, bons drinks, ótimos restaurantes, roupas legais, mas gosto de gente feia também. Tem uns feios que preenchem meu coração como nenhum bonito seria capaz de fazê-lo. Adoro a diferença e não quero permitir que o meu preconceito — porque é evidente que tenho também — me impeça de raciocinar sobre o quão bom é o efeito da diferença sobre a vida da gente.

Comecei a pensar nisso, confesso, alguns dias depois da manhã do dia 28 de abril de 1983 quando me descobri de frente à diferença. Nesse dia nasceu Deco, meu sobrinho e portador de Síndrome de Down. Em meio ao impacto da descoberta, de todas aquelas coisas meio doentias que surgem na nossa cabeça sobre “por que conosco”, do choro e da angústia de minha irmã e meu cunhado, havia ainda um bebê com uma patologia cardíaca e precisando de ajuda e dedicação. As múltiplas pneumonias e internações dos primeiros cinco meses de vida e a cirurgia cardíaca em São Paulo formaram um turbilhão de emoções e acontecimentos que só depois, nos meses seguintes, foi possível tornar racional.

A diferença estava ali, mas ela podia ser a informação, a luz, o livro enriquecedor que muda a sua vida porque muda o seu olhar. Não tenho dúvidas em afirmar que sou muito melhor depois do nascimento do Deco. Que fui uma mãe melhor também por isso. Que meus filhos puderam conviver desde sempre com um primo diferente e que se tornaram pessoas mais humanistas e cidadãs.

Se vocês querem saber, Deco é um rapaz de quase 25 anos, viajadíssimo, conhece vários países, faz musculação, teatro, tem namorada e trabalha na Light. É divertido e, às vezes, chato demais. Como todos nós, que somos diferentes entre si e tão dependentes uns dos outros. Adora uma festa – nisso puxou a família – e vai para “night” como todo jovem descolado. Curte funk, praia e – para minha decepção — torce para o Vasco. Ah... sim! Tem noção que é diferente e sabe o quanto isso instiga e desafia. Que bom!



Quero a diferença sempre porque ela me traz novos ângulos de visão e de possibilidades; é instigante, provocador, quebra a métrica e abre os horizontes. Como viver cotidianamente num ambiente de aprendizagem e não abrir os olhos para tudo e para todas as pessoas que nos cercam? Isso também é educação, é ensinar, é aprender, é discutir... é vida.

Como já dizia o mestre maldito Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Não quero que todos concordem, muito ao contrário. É esse colorido mosaico, multiétnico, multicultural, mullticriativo que faz a razão e o prazer da Estudos & Cia.

(esse texto é de autoria de Veronica Cobas, parte do projeto Estudos & Cia, e está publicado também no blog http://criativesse.blogspot.com/. Confiram por lá, confiram por aqui, pensem no assunto.)


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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O significado dos contos de fadas para as crianças

(Texto publicado no site G1.com.br, de autoria de Ana Cássia Maturano, no dia 19 de agosto de 2010)

Falar de literatura nessa época em que acontece a 21ª Bienal Internacional do Livro parece coisa comum. As pessoas presenteiam as outras com publicações, estão atentas aos lançamentos e participam das atividades oferecidas no espaço. O público infantil, para variar, costuma ser o alvo principal.

As publicações para crianças têm encantado não só a elas, mas também aos adultos. Geralmente, têm um visual caprichado, com partes gráficas que são verdadeiras obras de arte. Muitas coisas surgem, mas nem tudo tem boa qualidade. Ao escolhermos um livro para os pequenos, é preciso observar sua qualidade literária, os valores passados e a adequação para sua idade.

Existe um tipo de literatura que parece nunca perder seu espaço. Tem acompanhado a passagem do tempo, transformando-se em versões (livros, peças, filmes, animações) que muitas vezes se afastam do real significado. São os contos de fadas.

Alguns os consideram pouco adequados para as crianças por colocarem o bem e o mal como coisas separadas e de forma estática. Além de trazerem personagens e condutas que podem assustá-las. Sem contar aqueles que os consideram ultrapassados. Acreditam que só se perpetuam por serem cultivados pelas escolas e pais. No entanto, eles são considerados por um representante da psicanálise – Bruno Bettelheim ("A psicanálise dos contos de fadas", Ed. Paz e Terra) – como o que há de melhor em literatura infantil. A começar pela sua estrutura simples, com a definição clara das características dos personagens (bom/mau, feio/bonito), facilitando a identificação das crianças, e por estimular a imaginação delas.

Os contos de fadas, segundo Bettelheim, ajudam as crianças a dar um sentido para a vida por tratarem de questões humanas universais, como a solidão e a necessidade de se enfrentar a vida por si só, mas de uma maneira simbólica. Ao sugerirem soluções simples para problemas internos, colaboram para o desenvolvimento da personalidade e dos recursos interiores para que as crianças aprendam a enfrentar as dificuldades do crescimento. Eles são repletos de significados e cada leitor irá extrair o seu de acordo com o momento que vive. Por isso, não devem ser explicados para as crianças, pois dirigem-se ao seu pré-consciente.

É interessante notar como, às vezes, as crianças insistem muito para ler uma determinada história ou ver um determinado vídeo. Provavelmente, essa insistência deve-se ao significado que estejam extraindo da obra.

Sobre se assustarem com determinados personagens ou situações (principalmente no que se referem às punições de alguns personagens), devido ao exagero ou ao seu aspecto fantasioso, devemos lembrar que isso pode facilitar a compreensão das crianças por se aproximarem mais da maneira como veem o mundo, sendo ainda incapazes de compreenderem intelectualmente respostas realistas. Elas dão vida a tudo e têm um senso de justiça exacerbado.

No entanto, para que elas não confundam o real do imaginário, eles devem ser oferecidos a elas quando já atingiram a idade de quatro ou cinco anos, de modo a poderem fazer uma distinção entre essas duas esferas e se beneficiarem de sua leitura. E caso ainda confundam, acreditando em bruxas e monstros, nada como lembrá-las de q
ue tudo é de mentirinha, que é apenas uma história.

Nem toda adaptação resulta em bons resultados. Com esses contos também é assim. As histórias originais têm qualidade superior às adaptações – elas é que devem ser lidas.
Se o sucesso entre algumas crianças se deve à influência dos pais ou da escola, não sabemos. Porém, se eles estão perpetuando essas histórias, muito provavelmente é por terem tirado algo de significativo delas.


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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Construindo pontes



Fui ver o filme “A Origem”. Preciso admitir o quanto a engenharia do imaginário me atrai. Construir pontes entre o palpável e o insondável me estimula. Foi impossível não divagar sobre qual seria a linguagem do intangível. Se alguma língua nesse espaço imaterial fosse falada, certamente essa língua teria um nome: Poesia. A poesia sempre me faz chegar rapidamente à outra ponta da grande metáfora. Através dela consigo ver o abstrato. Ela me permite recriar o mundo; renovar o sentido da vida.

Mas, o que é poesia? O que poesia não é? Qual sua importância para o desenvolvimento humano?

Eu já encontrei muitas definições, mas particularmente gosto da de Frost, poeta americano: “Poesia é aquilo o que não se pode traduzir”, ou seja, se você tiver dúvida sobre se um texto é poesia ou não, basta traduzir. Conseguiu? É prosa. Não conseguiu? Provavelmente você está diante de uma poesia.

Poesia não se faz como um pão, como um vestido, como uma estrada. Poesia não é a justaposição aleatória de belas palavras. Não é alguma coisa que possa ser inventada. Não dá simplesmente para fazer uma seleção de temas e a partir destes tentar encaixar rimas; encontrar coincidências sonoras; verificar a plasticidade, a semântica, os signos exatos, os fonemas... Definitivamente, para ser poeta é preciso ter o dom!

O saber é construído a partir de dois grandes elementos: curiosidade e imaginação. O que move o filósofo é a curiosidade, o que forja o poeta é a imaginação. Toda criança, ou quase toda, nasce essencialmente filósofa-poetisa, justamente porque é curiosa e imaginativa.

Nem todos seremos Carlos Drummond de Andrade, mas, por que a poesia é tão timidamente abordada em sala de aula — e não só nas aulas de língua portuguesa e literatura? Se temos consciência de que o que nos livra da loucura e do tédio é a fantasia, por que não incentivar a leitura e a produção de formas originais de ver o mundo? Quando uma criança entra em contato com os recursos estilísticos da poesia, consegue reconhecê-los, interpretá-los e recriá-los. Em um simples verso o mundo pode ser traduzido, justamente porque a poesia fala nas entrelinhas.

Eu declamava poesias nas festas natalinas (e eu não sou tão velha assim). A pedagogia moderna retoma e incentiva o trabalho com textos poéticos, uma vez que esses são instrumentos eficazes no desenvolvimento de habilidades sensoriais; do senso estético; de competências simbólicas. A criança que descobre o prazer de compreender um texto poético desenvolve mais amplamente sua capacidade linguística; adquire a sensibilidade de compreender a si, o mundo, o outro e a vida; aprende a fazer deste tipo de linguagem uma ponte entre aquilo o que existe e aquilo que é.

Qual sua poesia preferida? Qual melhor te traduz? Pense nisso!

Jane Castelo Branco

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Internetês. Que língua é essa?!



Quando a Internet passou a fazer parte da minha vida (já se vão 15 anos), para dar entonação engraçada a um texto informal, ao final eu inseria: (risos). Evoluímos para um “: )”. Passamos para o “rsrsrsrs”. Já estamos no “hashuashua”. Eu já fui mais fluente, mas tudo isso é muitíssimo volátil, não consigo acompanhar. Particularmente, me sentiria mal (para não dizer ridícula) escrevendo “miguxo, miguxa, baum, capaiz etc.”. Mas, confesso que deixo escapar um “Bjs; pq; vc; qq”.

Fui adolescente em um tempo onde os bilhetes eram escritos a mão (e, geralmente, direcionados a uma única pessoa). Obviamente, não existiam os emoticons. Para dizer que eu estava triste ou feliz com alguma coisa, eu tinha que explicar a coisa, palavra por palavra. No entanto, eu sempre soube fazer a diferença entre o que eu queria que fosse dito e levado pelo vento daquilo o que eu queria que ficasse registrado. Um bilhete nunca teve o peso de uma carta — nem os que eu recebia, nem os que eu escrevia.

Particularmente creio que os jovens de hoje também sabem fazer a diferença; da mesma forma que percebo que eles têm muito mais habilidade para lidar com o internetês que qualquer adulto. O que mudou foi a forma como as tribos passaram a lidar com a escrita: se antes eu tinha vergonha de escrever errado, hoje parece que o errado é sentir vergonha.

Enquanto estamos vivendo a revolução da informação — que será analisada historicamente daqui a alguns anos — é difícil afirmar que essa moda vai passar, talvez até piore. Outro dia ouvi um debate entre alguns filólogos, onde um deles afirmava que as gerações futuras não grafarão mais, apenas apertarão teclas. Será que chegaremos a nos comunicar por telepatia?

Mais do que a forma de expressão que se estabelece entre os jovens hoje, me preocupa o conteúdo. O que percebo (fazendo parte da revolução) é que muito se fala sobre tudo e pouco se apreende. O que o internetês denuncia? A velocidade da informação está produzindo um novo tipo de ‘escrevente’? O ‘escrevente’ de hoje tem alguma coisa que realmente queira deixar registrada? Ou, em não tendo o que dizer, prefere escrever inúmeros, rasos e inconsistentes bilhetes virtuais?

Com mais perguntas que respostas, pense você também sobre isso!

E finalizando, alguém aí me diz o que significa “rs ta né :)>”?

Jane Castelo Branco

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Acesso à cultura e educacão explicam desenvolvimento precoce



Pais têm de estar preparados para amadurecimento das crianças
(artigo publicado no site G1, de autoria de Ana Cássia Maturano)

Filhos adquirem independência cada vez mais cedo.

Quem trabalha com o público infantil ou tem filhos em idade de desenvolvimento se surpreende com a precocidade dessas crianças quando as compara com gerações anteriores. Assustam-se diante de seus comportamentos e ideias. Os pais chegam a questionar onde erraram, se não tiveram pulso firme para conduzir melhor os pequenos na vida. Ou se determinadas manifestações, que esperariam quando fossem adolescentes, não seria um modo de provocá-los.

As crianças parecem mesmo diferentes desde o nascimento. Algumas pessoas mais velhas têm comentado que os bebês demoravam alguns dias para abrirem os olhos quando nasciam, mas que hoje em dia já saem do útero materno com os olhinhos bem abertos, querendo ver tudo. Ainda nessa época, parecem estar muito atentas ao mundo que as rodeia, interessando-se por tudo.

Assim, vão se desenvolvendo, parecendo que sempre as coisas se antecipam na vida delas, estando sempre adiantadas. E estão mesmo, não é simples percepção, é fato.
Quando pequeninas, são questionadoras sobre o mundo e suas regras. Foi-se o tempo em que pareciam mais inocentes e eram facilmente enroladas pelos adultos para que entrassem em seu esquema.

Provavelmente, vários são os fatores que estão interferindo no amadurecimento das crianças, que não ocorre só no campo do comportamento e da inteligência. Várias pesquisas têm mostrado uma tendência delas entrarem mais cedo na puberdade, o que já vem acontecendo há algum tempo – cada vez estão se adiantando em seu desenvolvimento. Alguns associam com a melhora na qualidade de vida, principalmente da alimentação, com consequente interferência no sistema hormonal.

Com pouca idade, às vezes meses, vão para a escola. E os conflitos vividos mais tarde, já são enfrentados, como a separação da mãe e a convivência com outras crianças. Sem contar que ficarão independentes mais cedo. Por mais que a escola cuide, um adulto não poderá ficar grudado na criança, ajudando-a em tudo. Além, é claro, de a estimularem a fazer as coisas por si só.

Consequentemente, as aprendizagens também vão acontecer antes. Inciava-se a alfabetização com sete anos. Atualmente, com cinco ou seis anos elas já escrevem e leem, fazem contas e têm conhecimentos sobre estrelas, músicos e pintores.

Em casa, os pais têm dado mais valor à cultura. Facilitam o acesso aos livros, passeios, filmes, internet... O que antes acontecia um pouco mais tarde na vida delas. A informação vem de todos os lados.

Sem contar que elas são mais incluídas na realidade naquilo que antes parecia restrito ao domínio dos adultos. Falam de morte e participam de seus rituais. O corpo não é algo mais tão escondido. O interesse pela sexualidade tem sido encarado com mais naturalidade.
Diante disso, dá para entender a precocidade delas. Os pais, por sua vez, tem que ter essa compreensão. Caso contrário, vão se culpar por não terem cuidado direito, o que não é verdade. Os tempos são outros. Houve avanços na forma de se encarar algumas coisas na vida, inclusive as crianças. Assim, elas também estão mais avançadas. É o sinal dos tempos.


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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Mutismo Seletivo (MS)


Esse espaço não tem a pretensão de fazer diagnósticos, prognósticos ou indicar tratamentos. No entanto, vale a pena pontuar alguns dos muitos impeditivos, ou não facilitadores, da aprendizagem.

Você conhece ou já conheceu alguma criança que em casa conversa, ri, brinca, normalmente, mas quando em contato com algum adulto ou criança fora do círculo familiar emudece? Crianças muito quietas, que não respondem às perguntas feitas pelo professor, falam muito pouco com os colegas de escola, são geralmente classificadas como tímidas, no entanto, talvez essas crianças estejam sofrendo de mutismo seletivo. Você sabia?

O mutismo seletivo é descrito como uma desordem psicológica não frequente – é mais prevalente em meninas e atinge 1 em cada 1.000 crianças. Crianças com o transtorno são completamente capazes de falar e compreender a linguagem, mas não o fazem em certas situações sociais. É um engano entender que a criança escolhe propositalmente não falar. Na realidade, a criança sofre por não se sentir segura para se expressar em situações específicas. São crianças que têm o desejo de se comunicar, seja por sinais ou gestos – ao contrário de boa parte das crianças com diagnóstico de autismo.

Sua causa ainda é obscura. Acredita-se que o ambiente e que as relações interpessoais estabelecidas contribuam para seu desenvolvimento. Pode, inclusive, ser reflexo de um trauma verbal ou físico ao qual a criança tenha sido exposta. Não se pode também excluir a genética como sendo um dos fatores a considerar (a patologia é mais prevalente nas famílias onde os pais sejam tímidos ou distantes).

Os primeiros sintomas já podem ser observados nos primeiros três anos de idade, quando a criança é convocada a interagir socialmente, inclusive no espaço escolar. Sua duração é variável, podendo durar por meses ou até anos. Alguns comportamentos podem estar associados ao MS, como por exemplo, alguma imobilidade psicomotora fora do ambiente familiar, dificuldade de olhar olho no olho, timidez excessiva, dependência dos pais, isolamento social, expressão facial pouco expressiva etc.

No Brasil são raros os estudos sobre MS. Também não existem muitos profissionais especializados para fazer o diagnóstico precoce desse transtorno. No entanto, a boa notícia é que NÃO está associado com a dificuldade de aprendizagem. Não devem ser considerados programas de instrução especiais, mas, quando indicados devem ser projetados de forma individualizada. Profissionais pedagógicos precisam ser cautelosos na avaliação de crianças que tenham recebido diagnóstico de MS, uma vez que as condições de verbalização são diferenciadas: esse será sempre o maior desafio.

É difícil saber quando intervir, provavelmente pela existência de graus variantes do transtorno. No entanto, dois fatores determinam quando é necessário tratar: a idade e a severidade. Se o MS persistir por mais que dois meses, o tratamento deve ser iniciado imediatamente.

O que se recomenda é que, diante de quaisquer sintomas, a criança seja avaliada por um profissional para que se feche o diagnóstico. Em se fechando, o trabalho conjunto com a equipe pedagógica certamente trará grandes benefícios.

Até a próxima!

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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Aqui na Estudos

A Estudos & Cia Tijuca tem novos nomes em seu grupo de professores. Agora também fazem parte da grande e coesa equipe os seguintes profissionais:

André Melo Faria – Matemática
Gabriela Nascimento da Silva – Química
Renata Paixão – Matemática
Maycon Marques Oliveira – Matemática

Confira horários disponíveis e demais professores do grupo no site da Estudos & Cia –
http://www.estudosecia.com.br/.

Esse será o espaço de todos os que fazem parte da Estudos & Cia!

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quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Método de ensinar Matemática faz sucesso na Bahia



Reportagem apresentada no Jornal Nacional, edição do dia 4 de agosto, e reproduzida no site G1

Um professor criou uma série de jogos que ajudam os alunos de uma escola a aprender de forma eficaz. E na universidade, teorias e fórmulas complexas são transformadas em objetos.
Os pais e os professores aflitos com a dificuldade dos alunos em aprender matemática precisam conhecer uma iniciativa que anda fazendo muito sucesso em Salvador. Veja na reportagem de Mauro Anchieta.


Uma escola estadual como qualquer outra num bairro pobre de Salvador. Mas nela existe uma diferença: a fórmula com que os alunos do 7° ano do ensino fundamental aprendem matemática. Os jogos criados pelo professor Vanildo ajudam a resolver as equações.

A multiplicação das boas notas mostra que o trabalho tem dado certo. Na última avaliação, mais da metade dos alunos da turma tirou a nota máxima.


"Fica mais divertida, animada, mais fácil e envolve todo mundo", contou a estudante
Lorena de Oliveira.


"Os meus meninos e meninas estão felizes por estarem percebendo que eles estão aprendendo. Isso é o desafio", disse Vanildo Silva.

Extrair a matemática dos livros e torná-la concreta, palpável, é uma tendência não só no ensino básico. Em ambientes como o da Universidade Federal da Bahia, teorias e fórmulas complexas são transformadas em objetos. É a matemática visualizada com maior clareza, manipulada, mais fácil de ser ensinada e aprendida. O laboratório, um dos pioneiros no país, foi criado há 14 anos, mas não para de ganhar novas formas geométricas. Tudo para facilitar o aprendizado.


"Embora a menor distância entre dois pontos seja uma reta, essa curvatura faz com que a bolinha pegue mais velocidade com a gravidade e chegue mais rápido lá embaixo", explicou o estudante Althelis de Jesus.

Fica fácil entender porque as placas de carros no país nunca se repetem. "Só para letras, nós temos 17,5 mil possibilidades de combiná-las. Já para números, nós temos 10 mil possibilidades. Portanto, unindo essas duas possibilidades, nós teremos mais de 175 milhões de possibilidades de placas para o país", afirmou o estudante Paulo Malta.

"O caminho de fazer matemática é um caminho que, às vezes, é árduo. Se pudermos trabalhar com material concreto, com uma metodologia que possa favorecer esse processo de construção sempre será bem-vindo", ressaltou o professor de Matemática da UFBA, Antônio dos Santos Filho.


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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Educação para a vida



Falar sobre educação é abrir um universo de possibilidades.

Cabe discutir o novo acordo ortográfico tanto quanto estudar a importância de brincar com perucas para trabalhar o desenvolvimento da auto-estima; cabe avaliar o que comer na hora do recreio; repensar a ética e moral dentro e fora de sala de aula; resgatar a necessidade de preservação dos patrimônios históricos. E falar sobre a ferrugem, cabe? Leitura? Repetência? Finanças? Discalculia? Doenças sazonais? Folclore? Gibis? Música? Robótica?...

Não faltam temas e propostas para debate.

Você sabe que dia é hoje? Dia 11 de agosto é o dia da televisão, do advogado, do garçom, da Logosofia e do estudante. Isso mesmo. Hoje é dia do estudante!!!

Quem estuda — e não só de forma sistemática, com quadro, giz e professor — tem a possibilidade de reconstruir, redefinir, reinventar... Todos os dias somos desafiados a aprender coisas novas.

Sobre o que você quer pensar? Aonde você quer chegar? O que você sabe é suficiente? O que você gostaria de dar ao mundo ou receber dele? Dúvidas ou certezas? Lance ao mundo uma certeza e receba de volta uma dúvida, ou vice-versa.

Obviamente não viveremos tempo bastante para aprender tudo o que na vida há, mas será que não devemos aprender tudo o que conseguirmos dar conta, no tempo que nos for disposto nessa tão efêmera existência? Não será essa nossa grande dádiva e missão?

Vamos juntos construir um espaço de novidades e loucuras? Vem com a gente?!

Jane Castelo Branco

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Aprender é fácil?



Só aqueles que têm paciência para fazer coisas simples com perfeição é que irão adquirir habilidade para fazer coisas difíceis com facilidade. (Johann Christoph Von Schiller)

É verdade, já nascemos aprendendo... Aprendemos que chorar é a melhor forma de entrar neste mundo. Aprendemos a mamar; aprendemos a sorrir; aprendemos a andar; aprendemos e aprendemos o tempo todo.


Aprendemos porque interações cognitivas com o meio são feitas segundo a segundo — tão natural quanto existir. Desta forma, a sobreposição dos conhecimentos adquiridos no cotidiano vai fazer de nós aquilo o que somos.

Sendo assim, não podemos ignorar o fato de que em menor ou maior grau, todos, em algum momento da vida, passamos por algum episódio de inadaptação no processo ensino-aprendizagem — seja ele provocado por agentes externos ou internos.

Aprender é duvidar, sempre. Se não acreditássemos que a posição bípede nos levaria mais rapidamente aos lugares, talvez jamais tivéssemos deixado de engatinhar. Se o aprendizado se estabelece como fato imutável, perde em si e de si a capacidade de transcender. Quem carrega consigo todas as certezas sobre tudo o que aprendeu já não aprende coisa alguma.

Volta às aulas e com ela todas as incertezas que cercam os pais durante toda a vida acadêmica de seus filhos. Meu filho vai passar de ano? Se passar, em que condições chegará ao próximo? Estou fazendo o que é certo? A escola está cumprindo seu papel? O professor está preparado para assessorar meu filho?

Como os agentes do processo são pessoas que aprendem sempre, talvez esse venha a ser sempre nosso maior desafio: conscientizarmo-nos de que não só os alunos, ou não só os pais, ou não só os professores são responsáveis pelo bom/mau desempenho escolar. Devemos ser todos agentes dessa construção. Mas, como fazer isso?

Nossa proposta é discutir os papeis de “aprendente” e “ensinante” exercidos nos mais diversos ambientes em que esses personagens estão inseridos. O que pretendemos ser? Agentes ou pacientes dessa construção?

Jane Castelo Branco

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